segunda-feira, 28 de maio de 2012

Bem, em silêncio

E continuo me negando a cuspir o que ta preso debaixo da lingua pra dizer.
me pego rodando a aliança invisível no anelar da mão direita torcendo pra você estar fazendo o mesmo.
relendo e revendo o que lembra.
Não é tortura não, é que li hoje em algum lugar que sem saudade não há lembrança. e eu gosto.
não é que eu não quis te dizer... só não consegui. Nem tenho mais direitos.

Mas já são 04:17 e sei bem o estrago que a água do chuveiro faz no teu pescoço...
lembro bem das gotas escorrendo do queixo.
Corre pra não perder a hora, se agasalha pois a manhã é fria e eu me importo.
no almoço inventa um mantra pra segurar as pontas que eu daqui, vou estar torcendo.                                            

Na volta pra casa, já a noite, quando não tiver pensando em nada, pensa que eu to pensando em tudo.
põe a mão na barba -que nem sei se está por fazer- e se alimenta de saudade.
se afaga no meu colo que tá de longe sentindo tua falta.

Enquanto eu fico aqui, olhando pros cantos, sonhando dentro de sonho em como você está.
perguntando pros meus olhos no espelho, se você fez tudo que imaginei que faria.
Solta no sofá com cara de riso só pensando em te cuidar mesmo longe.

E olha, antes de deitar, reza e pede
deita olhando pro teto branco ouvindo o som do ventilador que te faz dormir
se acomoda e sonha que a gente se encontra, acredita em mim... vou de encontro a você só pra sussurrar que teu bem está comigo, onde só eu posso mexer. 

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