domingo, 9 de dezembro de 2012

E me dei conta, agora, de que havia me descoberto maior que eu.
Me encontrei naquele curto espaço entre a cama e a bancada do computador...
o movimento dos pés arrastando dum lado pro outro, a luz da janela grande, a cadeira confortável.
Sabia de alguma maneira que alí estava meu grande porto...
o alguém que faltava pra me fazer sorrir mais largo, me dando mais motivo pra acordar, contar o dia mesmo sem nada grande.
Você veio me mostrar a paz verdadeira dos dias, das noites, do sono, da madrugada em claro.
Me tirar do chão e me puxar de volta se eu subir demais...
entre as paredes brancas do teu quarto, a ponta dos dedos e o molhado da língua é onde eu quero ficar.
Me perder e depois achar nos cantos todas as partes de vida que eu não tive, me encontrar no teu peito e enfim viver tudo e nada!
Sustenta meus passos que eu os confio na tua estrada.
Divide comigo teu suor e lágrima, pra eu poder dividir contigo todo o prazer da minha alma.