domingo, 30 de janeiro de 2011

Snow Patrol - Open your eyes

Tudo isto parece estranho e falso
E eu não vou disperdiçar um minuto sem você
Meus ossos doem, minha pele está fria
E eu estou ficando tão cansado e tão velho

A raiva me corrói por dentro
E eu não vou sentir esses pedaços e cortes
Eu quero tanto abrir seus olhos
Por que eu preciso que você olhe dentro de mim

Me diga que você abrirá seus olhos 

Levante, vá embora, saia de perto desses mentirosos
Porque eles não tem sua alma ou sua chama
pegue minha mão, entrelace seus dedos entre os meus
E nós sairemos deste quarto escuro pela última vez

Cada minuto a partir deste agora
Podemos fazer o que gostamos em qualquer lugar
Eu quero tanto abrir seus olhos
Porque eu preciso que você olhe dentro de mim

Me diga que você abrirá seus olhos 

Tudo isto parece estranho e falso
E eu não vou perder um só momento sem você
O meu amor subiu demais
e estourou, minha Nega, quiném balão de gás.

Sem Mais.

Consigo sentir o sol dentro do meu quarto
perto do meu rosto,  passando pela íris, queimando a alma.

calor que antes eu sentia enquanto você estava proximo, sentado ao meu lado.

nem sempre tudo sai como o planejado,
nem sempre tudo é sempre,
nem sempre o que se tem agora é o que se tinha a dois minutos atras.

agora, nesse instante eu mal consigo pensar com tanto barulho.
agora, nesse instante eu não te acho.
agora, nesse instante quero estar suando abraçada aí no teu sofá.

o sol me abandonou. não queima mais.
 já você...

sábado, 22 de janeiro de 2011

Madalena

Todo dia ela acorda, e já não realmente importa,
Se agora é a faculdade o que antes era a escola
Continua sendo sempre a mesma coisa, o mesmo dia,
Mesmo agora que ela dirige o carro que o motorista dirigia
Se por descaso ou por faltas, as notas não vão bem,
Em casa não faz diferença, ninguém espera que ela vá mais além
Madalena não entende, esse vazio tão cheio,
A agonia da falta de não ter
E ela não sente, não entende o seu presente,
Não quer aquilo que não pode escolher
Sua mãe, sempre ocupada, só encontra Madalena
Quando vão fazer as unhas ou o cabelo no salão
E o pai acha que, se ela tivesse nascido homem,
O estudo importaria bem mais do que a boa educação
E a empregada acha estranho sua maneira de conversar,
Mas sabe que é só com ela que a menina é sincera ao falar
Madalena não entende, esse vazio tão cheio,
A agonia da falta de não ter
E ela não sente, não entende o seu presente,
Não quer aquilo que não pode escolher

Não há nada além de lágrimas, não há palavras pra exprimir
Então ela chora, chora e tenta entender o que acontece,
Mas Madalena não entende, não entende, não
Madalena não entende, esse vazio tão cheio,
A agonia da falta de não ter
E ela não sente, não entende o seu presente,
Não quer aquilo que não pode escolher

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ser e Estar

Descalçar os pés,
ver de cima o sol deitar e imaginar ele levantar em outro lugar.
o céu feito de 4 cores diferentes...

gente pra todo lado, gente que não te faz diferença.
a diferença dançando no colo, a igualdade brincando de pega.


pega e revela,
acende a vela e estende a pressa!
deixa queimar o queixo e a roupa

sabe aquela pedra? ela ainda te sustenta.

calçar os pés,
ver a lua de baixo, subir cada hora mais e brilhar todos os lugares.
o céu feito de 4 outras cores diferentes....

ele existe e brilha pra quem quer ver

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ela vive a desejar-te bom dia, boa noite
à desejar-te.... e também uma boa sorte.
conta pros cantos, que te viu atravessar a rua, mas que nem era mesmo você
só outro alguém que ela quis fingir ser.
ela vive a rir de ti, se engraçando com teu jeito de falar
a brincar de se esconder detrás das mãos.
até quando não te vê, imagina te ter por perto pra cutucar
é carente de atenção!
olha como ela mexe no cabelo, vê como ela ri?
essa menina que mal é gente, já se acha contente só de te ter sempre em mente
o problema claro e evidente é o desejar-te...
ela morre e nasce todos os dias e cresce por dentro 
procurando em ti a explicação presse desejo, sujeito
a explicação desse lampejo que vemos.
achando ou não, ainda assim, ela vive a desejar-te
vê, até te jogou mais um beijo!


"ela é digna de desejar-te senhor sujeito?"

Domingo

Um lugar pra nós dois
Um lugar pra esquecer de tudo
Pra se deixar levar
Um momento de paz
Um momento de paz
Onde eu possa cantar poemas de amor pra te fazer lembrar
Como começou nossa história de amor, nosso caso de amor...
Vamos viver o agora,
Vamos esquecer a hora de voltar, eu já fiz a mesa de jantar
Quero você aqui comigo, num dia de domingo
Pra gente conversar, pra gente se perder em algum lugar...
Vamos viver o agora,
vamos esquecer a hora de voltar, eu já fiz a mesa de jantar
Quero você aqui comigo, num dia de domingo
Pra gente conversar, pra gente se perder...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

R e t r o v i s o r

Pelo retrovisor enxergamos tudo ao contrário
Letras, lados, lestes
O relógio de pulso pula de uma mão para outra
E na verdade nada muda

O menino que me pediu R$0,10
É um homem de idade no meu retrovisor
A menina debruçando favores toda suja
É mãe de filhos que não conhece
Vende-os por açúcar, prendas de quermece

A placa do carro da frente
Se inverte quando passo por ele
E nesse tráfego acelero o que posso
Acho que não ultrapasso
E quando o faço nem noto

Outras flores e carros surgem no meu retrovisor
Retrovisor é passado, é de vez em quando do meu lado
Nunca é na frente
É o segundo mais tarde, próximo, seguinte
É o que passou e muitas vezes ninguém viu

Retrovisor nos mostra o que ficou
O que partiu, o que agora só ficou no pensamento
Retrovisor é mesmice em trânsito lento
Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas
Mostra as ruas que escolhi
Calçadas e avenidas
Deixa explícito que se for pra frente
Coisas ficarão pra trás
A gente só nunca sabe que coisas são essas



- Fernando Anitelli



domingo, 2 de janeiro de 2011

O que me aconteceu foi que , simplesmente me perdi pelas paredes da sala enquanto teus dedos davam voltas no meu cabelo, enquanto meus joelhos queimavam em atrito com o chão e enquanto contia gritos pra não acordar ninguém.
o que me aconteceu é que depois de um tempo intacta, ainda me faltava ar e as paredes tentavam me derrubar.

O que me feriu foi o sono rápido que veio sem eu pedir. foi sentir as tuas mãos de afago, se afastando do meu corpo enquanto eu caía em sono profundo. foi ver tuas pernas iluminadas somente pela luz da TV da sala, afoitas com sei lá o que e eu sonolenta demais pra me aproximar.

O que me feriu foi ter de te deixar no dia seguinte. foi ter de dizer que voltaria mas que você também poderia vir, mas não te ver chegar.

Agora a musica melancólica e o refrigerante sem gás me fazem companhia.
já são quase seis, amanhã é segunda, a rotina recomeça e teus beijos se fazem ausentes até eu conseguir me lembrar de novo a cor que a gente fica no momento do abraço.
a cor que a gente fica...