terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Nada satisfatório esse querer todo.

Quero voltar a dizer as coisas que eu dizia antes,escrever o que eu escrevia e que fazia emocionar. Quero voltar a ter ideias boas,a quase transbordar de tão cheia de palavras e frases. Quero olhar pro que chamam de imperfeito e achar a minha pequena perfeição secreta. Rir do vento nas folhas ali fora e esquecer um pouco do tempo olhando pras nuvens lá da varanda. Photografar formigas,brincar no espelho e dançar na sala sem ninguém ver ouvindo minha musica favorita. Dormir tarde e acordar mais tarde ainda. Ler os textos incríveis de outras pessoas e poder gravar tudo o que me chamou a atenção. Quero te ver hoje,cheirar teu pescoço e descer até o umbigo,te encher de beijos e dar um oi pro meu coração que você guardou numa caixinha que fica no teu armário. Quero correr na quinta da boa vista como criança atrás de um cachorro amigo,olhar pra longe e te ver rindo da minha pirralhice. Sair sem ter horário pra voltar,dormir fora de casa,na tua cama,na praia,nem dormir. Só pegar na tua mão e te puxar pra contar estrelas do meu telhado e descobrir desenhos nas núvens escuras. Quero te ver outra vez photografando raios num dia de chuva forte com tua camera verde e adivinhar quando o próximo raio vai cair. Daqui a um tempo quero roubar um carro,fazer uma viagem até a serra,colocar um cd bacana que você também curta e ir cantando ,acompanhando tua voz grave até onde a gasolina aguentar. Quero adotar uns cem cachorros e uns setenta gatos pra colocar na nossa casa de quintal grande,sentar na rede e vê-los brincar e ter um orgulho absurdo da vida que criamos pra nós. E no agora,quero poder tirar esse teu mal estar,te curar,te livrar dos vícios,te alimentar. Quero ir na tua casa,aparecer de surpresa,dar um beijo na testa,comer misto quente e assobiar a musica de abertura da novela das 8h. Chegar em casa,ainda estar com teu cheiro e preparar um arroz soltinho que meus pais tanto gostam. E quero também deitar na minha cama tão grande e vazia (sem você)e esperar pra ver se o sono vem pra poder querer mais alguma coisa pro amanhã que eu tanto quero que chegue. Querer ser mais um pouco como antes, e de tanto querer (o que as vezes/ainda não posso ter) vou continuar crescendo rabujenta,amando você e limpando meu óculos azul na frente do computador que tanto faz doer meu pescoço e pulsos,aguardando o tal dia da loucura bater na minha cabeça e me fazer fazer tudo o que quero,tudo o que minha vontade grita que quer na impaciência da minha boca sem voz. .

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