quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Não passou



Ontem eu pedi...
pedi pela terceira ou quarta vez que Deus tirasse todo esse nó do meu peito, todo esse que é seu, tudo isso que tem teu nome, tudo o que vem de você.
Conversei, implorei, choraminguei, quase gritei pra parede e pedi que tudo que sinto fosse embora assim que eu acordasse pela manhã.

Sufoca, arde, queima, maltrata, judia, agoniza, entristece, magoa, descontrola e desequilibra.
Pedi pela quarta ou quinta vez que não doesse mais como ainda dói, ou que tivesse alguma outra solução, uma formula, um mapa.E peguei no sono com os olhos inchados e o travesseiro molhado e por sonho pedi mais um pouquinho pois já não aguento...
acordei 

e não passou. 

3 comentários:

  1. Oi, Alê, boa noite!!
    A beleza extraordinária desse texto está na sinceridade que transmite. É tão forte, tão densa, que nos parece muito mais real que ficção, muito mais experiência que criatividade, embora talento e criatividade estejam sobrando na forma doce com que o texto foi estruturado.
    Às vezes desabafar, que não é remédio, é o único paliativo para a perda de um grande amor ou para a existência de uma grande mágoa.
    Tocante, emocionante, maravilhoso texto.
    Um beijo carinhoso
    Leo

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  2. Nossa, incrivel como um simples desabafo em outros olhos fica completamente diferente.
    Obrigada por ver o que vejo e sentir o que sinto, apenas lendo essas palavrinhas.
    =)

    outro beijo,
    Alê

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  3. Logo isso passará, e novamente será verão pra tih. Vc eh forte e já demonstrou isso N vezes. Basta seguir como sempre fez. Abraço.

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