terça-feira, 16 de março de 2010

Ainda(sim)assim

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Ali, pendurados entre risadas e frustração.
Se perguntando inconscientimente o por que de tanta incompreenção desnecessária.
Agora, os dois olham para lados diferentes. 
O que ela vê, ele não vê mais.
O que ele sente, ela entende por demais.
Entre uma das risadas, ela lembrou do que leu um dia :
'O amor as vezes precisa morrer, pra viver'
Ela engoliu o choro e sorriu pra ele.
Se amenisaria, se estancaria o sangramento interno, isso, ela não sabia não.
Mas ela o fez.
Foi gentil. Não desmentiu.
Ocultou as mil coisas na cabeça. Bem detrais dos olhos.
Sufocou com o pouco vento.
Se afogou na garganta dele. Bebeu das palavras, comeu mais outro pedaço da carne.
Quis transgredir. 
Ajudaria... mas logo se desfez do pensamento. Foi sem juizo.
Ele sorriu, destraiu, conversou. E nos olhos, a distância. Passeando lá num tempo que já passou.
O tempo que ela lembrou, quase chorou. 
Mas as lágrimas já haviam durado. A prova estava bem abaixo dos olhos. Fundos, escuros...
Andavam com o desdem ao lado.
Seguiam passos desconéctos.
Reviravam o mesmo ar tentando respirar.
Mas sentiam sim, o mesmo coração.
ainda sim, assim.


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