quinta-feira, 14 de novembro de 2019

4:42

O frio na barriga é agora.
Estou ouvindo a chuva, tão barulhenta! 
Ela nos acompanhando noite a dentro. 
Eu disse como me sinto, mas não sei ao certo. Confuso? Talvez... 
Um pouco de tudo vem daí, daqui. E vai, se propaga... Por dias parece que adormece, mas está lá, latente. Até aparecer de novo, assim de repente. Me pego bobo, mas é tudo mutuo. 
Sabe, assim? Posso ser bobo com ela.
Eu fico aqui tentando desvendar seus sentimentos. Quem me dera entrar só um pouco naquela cabeça. Não que seja necessário, mas é que é tão criativa. Consigo me emocionar com o que leio de lá. Com o que ouço, vejo...
 É engraçado que até acredito na pureza de tudo que me é apresentado. Acho que é porquê eu posso ser bobo.
Me lembro de vários momentos, até nos quais fiquei entediado. Temos tanta afinidade. Somos tão próximos que a distância as vezes me deixa assim, com pesar entende?
 Não vou me estender as coisas ruins. Vamos brindar? Me fala a marca do vinho, faço questão de comprar o mesmo. 
Pode me sugerir a música? 
- Sim ela sugere, tem bom gosto! Duvidam? Eu adoro! Fico bobo! Mas lembrem-se, eu posso ser bobo!
Fiz um pedido antes de me despedir daqueles pés imundos e gelados. Agradeço por me atender.
 Era um sonho participar de todo esse céu. Esse mundo pelo qual caminhei, mas com meu modo macro de ver.
Toda vez que eu a escrevo e ela me escreve parece a primeira vez.
Toda vez que o seu céu de ideias passa pelo mundo há mais estrelas.
Nem todos podem ver. Tem de ficar esperto e de peito aberto para muito carinho. 
E o seu coração? O céu é pequeno para ele. 
Fico até bobo de pensar...

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