terça-feira, 10 de maio de 2011

M i n h a P l a t e i a

Coberta de razão, enchia o peito com veneno alheio e sorria.
Com ódio nos olhos, se cobria dos espelhos durante o ensaio.
Enxergava cada canto feio e cada pedaço torto.
Moça que não tinha freios.
Queria de si um nada, só que, repleto de cheio.
Montava sua peça, pintava sua máscara...
Se recriava no palco dela mesma e era simples, mas complexa, era leve feito sal de mar.
E feita de razão, cuspiu seu veneno.
Afogou-se nas luzes amarelas, fez do ódio sua tática de guerra...
Era fina, exatamente como ponta de pregos.
Ousava correr pra saída, mas mal sabia que ela mesma se trancara um dia.

Um comentário:

  1. "....Jamais desista de si mesmo.Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espectáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de fatores a demonstrarem o contrário."
    Fernando Pessoa

    Ótimo fim de semana.

    Doce beijo.

    ResponderExcluir