"Única.
Sempre acha a perfeição no "simples".
Se aventura nas imagens e nas palavras.
Macro frequente.
Dança com rimas alternativas.
Ri na beira do abismo.
Chora quando olha pra luz.
De olhos abertos, mulher.
De olhos fechados, menina.
Sonhadora.
Etílica.
Palhaça.
Consegue te encher de pensamentos.
Consegue roubar as suas palavras.
Vai aonde apontar o nariz.
Mas volta pra casa antes de meia noite.
Tem atitude.
Mas se ver uma lágrima, trava.
Amiga.
Não importando em q situação.
Mesmo depois de muitas voltas nos ponteiros.
Sabe ser forte.
Sabe ser fraca.
Sabe ser cínica.
Sabe ser única.
Única."
Sinto que em algum lugar essa aí citada acima se esconde por aqui, por trás do pulmão ou dentro do estômago.
Sinto que de alguma forma ela não morreu, só se retirou das demais vistas temporariamente.
Sei que ainda está aqui, passeando o dedo nas minhas feridas pra curar, me dando beijinho, sussurrando baixinho que essa sou eu e que nada pode me mudar pra pior.
Sei que ela respira com vontade de voltar, mas sei lá, de alguma forma quem deveria a enxergar ainda assim, não a enxerga mais.
e pior, grita aos quatro quantos que ela não sou eu!
Que passou, acabou!
Mas NÃO. NÃO. eu estou aqui! ELA está aqui.
Desesperada presa dentro de mim por algum motivo que ainda não vi...
Sufocada com as situações e pensamentos soltos, sabe?
Essa Alê, a "Única" ela existe sim gente, só não é vista.
É renegada no passar dos dias pelos olhos de fora.
E eu, com medo de que ela mude, cuido e preservo aqui, detrais dos órgãos quentes
Onde ela pode espiar lá fora.
Mas de verdade, o mundo está provando que ser como ela, é ser ninguém.
É não ter valor, não ter respeito, nem consideração, nem nada! de verdade, o cru "nada".
Amanhã, vou conversar com ela, passar todo o problema... e o que ela escolher, vai ser!
Afinal, quem cuida das minhas feridas é ela, que mora ali, tão perto. e que me conhece melhor que qualquer um no mundo.
"Única"
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