quarta-feira, 30 de junho de 2010

Móveis Coloniais de Acajú

Minha doce dor se esconde
Por trás de um sorriso,
Comprado, corrompido
Feliz fingido
Penso, dispenso explicações
Não controlo meu super-ego
Impossível entender minha tristeza
Já desisti não existe porquê
Sou apenas mais um alegre deprê
Busquei em vão
Identificar
Motivos para não
Querer te guardar

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Foco

Flocos 

DesFoco




o que exatamente você quer de mim?

A mala de sonhos da menina que virou a esquina

No domingo vi uma menina virando a esquina
ela carregava uma pequena mala de cores vibrantes
no rosto, a menina trazia um olhar distante
por um tempo, puxei papo com a menina
ela me disse que fez uma limpa.
guardou na mala todos os sonhos que tinha...
tuas fotos, tuas cartas, teus presentes, o urso e até a câmera.
Essa menina me parece vazia, ela nem sorria com as piadas que eu dizia.
Pedi pra ver a mala, ela abriu e eu vasculhei no meio daquelas coisas tentando encontrar os sonhos...
pra mim eram apenas coisas...
Daí ela me disse, que por mais que eu procurasse, os sonhos dela, escondidos pela mala estavam e que só ela os encontrava.
sonhos dela, agora jogados numa mala.
e nos olhos eu a via imaginando fogo...
seria isso que ela faria?

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Levando em frente
Um coração dependente
Viciado em amar errado
Crente que o que ele sente é sagrado
E é tudo piada.
Tudo piada!

segunda-feira, 21 de junho de 2010



Você está tão longe
Bem podia estar por perto
Quando o céu está aberto
Tão azul é o nosso teto

Todo dia não me esqueço
De lembrar que te esqueci
Na cidade grande e cinza
Eu queria tanto estar aí

No seu endereço
Sua casa amarela
Só você e eu guardados dentro dela

Penso nisso e num instante
Me distraio no que faço
Atropelo a mobília
Ganho um roxo no braço

No vermelho do meu peito
Um caroço de alegria
Pra esquecer que ainda lembro
Vai levar só mais um dia

Do seu endereço
Sua casa amarela
Só você e eu guardadas dentro dela
Que sou seu espelho
Você é a minha fresta
Que se mostra
E me esconde tudo mais que resta

Solitária Secretária da Agência de Turismo

Nem vê o tempo passar
Vendendo passagens pra qualquer lugar
Nem percebe tudo desbotando

Quando domingo chegar

Ela não vai ter ninguém pra passear
Quando domingo chegar
Só com a sacola vai sair pra passear

Solitária Secretária

Rata daquele café
Sempre mata o guaraná
Depois vai embora a pé

Tanto faz se ela existir

Falta faz se ela faltar
Não crê em final feliz
Nunca se deixa levar

A não ser quando vai ao cinema

domingo, 20 de junho de 2010

Nada não, apenas um novo lema

Eu não quero ver mais uma vez essa série
em que a gente sangra tanto, meu bem.
É, perdi o medo de dizer
que nada atinge meu querer
e que sempre faço o que mais me pede, a vida acaba.
E por que não falar de amor, repetir as palavras
se no fundo é só isso que vale a pena?
Ah se eu fosse tolo...
Só se eu fosse tolo não deixaria viver.
Essa tarde eu vou sentar e ouvir Stiff Little Fingers.
Lembra que a gente passava horas aqui falando de ex-namoradas?
Tenho andado tão inquieto
que até beijo de seriado me arranca um suspiro
É... perdi o medo de dizer que nada atinge meu querer
e que sempre acabo atirado aos braços
de que mais me convida ao pecado
E por mais que passem os anos
eu continuo o mesmo garoto
que você um dia amou tanto.
Ah se eu fosse tolo...
Só se eu fosse tolo não deixaria viver.
As pessoas sempre vão falar
pois suas línguas lhe vencem os dentes
e seus medos e inseguranças
sempre acabam em dedos ao diferente.
Então que se foda amor, que se foda
se a palavra suja não rima.
Que se foda amor, que se foda.
Pecado é não viver a vida.
Então esquece tudo e vem
que a vida é assim
e se a gente deixar de viver
não vai dar tempo de sorrir.
Vamos pegar essa estrada
e sentir o vento cantando esta música
que conhecemos mais que nós mesmos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Ta pensando, ta?

Ta pensando em sair assim?
de mim.
Sem me comunicar? 
gritar.
Ta pensando tanto em mim assim?
pra esquecer.
Ta curtindo o mar?
destraido.
Ta pensando em me matar, ta?
prefiro faca.
Ta imaginando a cena?
faz de conta.
Ta sofrendo?
esconde.
Tem coragem?
tenta!
"(...) Ele diz: Eu te amo. E o que a gente ouve não é: "Eu te amo tanto quanto posso dentro das limitações dessa relação e desse meu momento de vida, dentro das minhas próprias limitações, dos meus medos e dos meus fechamentos." A gente ouve: "Eu te amo totalmente, para sempre, sem que nada, antes ou depois do nosso encontro, supere esse sentimento. Ele fala de si, e nós ouvimos o cosmos. Ele fala de hoje, e nós entendemos o eterno."
Engraçado,

todo santo dia eu acordo só com uma meia no pé.
ela parece fugir de mim enquanto eu sonho
e na madrugada, quando meu pé sente frio e formiga um bocado, eu acordo e procuro a meia pelo chão.
coloco, mas de manha, lá está ela pelo chão outra vez.

eu to cansada de tentar colocar a meia no pé e ela pular dele quando eu to destraída e sonolenta.
to cansada de abaixar pra pega-la.
minhas costas dões e poxa, eu to entre os mundos!

mas , ah.. sentir frio eu não quero não. entao, o jeito é continuar abaixando de madrugada pra pegar a meia!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ah, se eu aguento ouvir

Outro não, quem sabe um talvez

Ou um sim

Eu mereço enfim.



É que eu já sei de cor

Qual o quê dos quais

E poréns, dos afins, pense bem

Ou não pense assim



Eu zanguei numa cisma, eu sei

Tanta birra é pirraça e só

Que essa teima era eu não vi

E hesitei, fiz o pior

Do amor amuleto que eu fiz

Deixei por aí

Descuidei dele, quase larguei

Quis deixar cair



Mas não deixei

Peguei no ar

E hoje eu sei

Sem você sou pá furada.



Ai! não me deixe aqui

O sereno dói

Eu sei, me perdi

Mas ei, só me acho em ti.



Que desfeita, intriga, uó!

Um capricho essa rixa; e mal

Do imbróglio que quiproquó

E disso, bem, fez-se esse nó.



E desse engodo eu vi luzir

De longe o teu farol

Minha ilha perdida é aí

O meu pôr do sol.



Abre os teus armários, eu estou a te esperar


Para ver deitar o sol sobre os teus braços, castos

Cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar

E fazer do teu sorriso um abrigo

domingo, 6 de junho de 2010

Os poucos que viram você aqui
me disseram que mal você não faz
E se eu numa esquina qualquer te vir
será que você vai fugir?
Se você for, eu vou correr
Se for, eu vou.


sábado, 5 de junho de 2010

seria esse, esclarecedor?

São quatro dias sem nem respirar você por três segundos
são quatro dias de pura tortura e obrigação
são os quatro dias que eu nunca pensei que um dia existiriam
são quatro dias que se prorrogarão por mais quatro
até você se tocar de que sente minha falta
até você enxergar que eu preciso de atenção
e tambem pra ver, que eu ainda consigo viver por mim mesma.

Não se engane com isso
pois nao deixei nosso amor de lado,
não deletei você de mim,
só me fechei aqui.

E no decorrer desses dias, vou viver
o que vier e o que tiver.
devo sim chorar tua perda
e devo tambem ser humana, existir.

Se nossa luta de verdade acabou aqui
desejo teu bem, ate sempre.
Se nessa luta, só perdemos alguns soldados
ótimo, poderia ser pior.
agora vamos descansar os braços e as pernas, deixar o sangue correr calmo nas veias
pra aí sim, recomeçar a lutar.
ou não.

Mas acima de tudo e do mundo, saiba que você esta aqui...
na minha cama ainda enrolado nas minhas cobertas e pernas;
na minha pele tatuado pra jamais sair de mim, escondido onde só você vê;
na minha parede, com sua foto meio antiga em P&B;
no meu armario bagunçado, dentro do teu casaco preto, vermelho e branco e tua blusa que eu usava pra dormir;
na minha cozinha, ainda fazendo coisas que ninguem vai descobrir;
no meu sofá, deitado vendo filme me ouvindo reclamar;
na lanchonete com um copo de morango;
nos meus textos; na urca; no shopping; no onibus; nas nossas fotos; nos jogos; no metro; na lapa; na sua casa; no telhado; na piscina; na escada; no ponto final; nos shows; nos pensamentos; no corpo; na voz; na boca; na alma e até muito além....
muito muito além...

como sei que tambem estou, igualmente pra ti, meu amor.