terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Aos ex amores

Acabo de me descobrir uma destruidora de corações.
Acabei de perceber que é sempre eu a que magoa e leva embora a alma dos apaixonados. É sempre eu que mastigo a esperança dos outros depois cuspo como se não fosse nada.
Não presto mesmo!
Quem em pleno juízo vai aceitar se meter comigo sabendo desse histórico tenebroso? Pois bem...
Já que meu estado é este e não tenho muito o que fazer para mudar (na cabeça dos outros) digo, que acho engraçado o quanto a gente precisa se afirmar poraí pra ser legal. Pra ser aceito. Ou até normal.
As pessoas se esquecem que são apenas pessoas e que dentro disso existe um universo de possibilidades.
Não sou igual a ninguém mas tenho meus direitos de viver como bem entendo dentro do que consigo suportar.
Meu coração já foi muitas vezes partido e como sempre a raiva passa e hoje tenho a sabedoria de continuar amando quem me amou também um dia, mesmo depois de tanto tempo. Não fingi amor. Eu amei. São todos ainda carinho.
Mas eu sou a ingrata, a tormenta dos homens que sonham.
Meus carinhos são esquecidos rapidamente quando somente tento fazer minha vida valer a pena pra mim.
Tudo bem, eu entendo.... As vezes carinho não é lá tanta coisa mesmo mas, vejam bem, tentam me apagar por eu ser assim.
Louca, impulsiva, instável...
Então eu, como uma boa destruidora de coração, digo a vocês, meus ex amores, vou continuar me modificando. Vou me moldando pra quem chega, vou continuar remando contra a maré pois pra mim, apenas seguir o rio é ser pobre demais. É aceitar que te quebrem e não querer levantar.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Raridade você

É raro os dias que te vejo feliz
Só por ser feliz
Só por ser você.
São tantos erros simples de resolver, tanta louça na pia, tanto eu espalhado.
Você enche a boca pra falar de um tempo já estranho, distante.
E eu, me enxugando de banho, ouvindo teu pranto do porque ainda vive comigo.
Pega tua jaqueta, abre a porta, deixa a chave e vai embora.
Com o mundo lá fora na esperança de encontrar teus poucos sonhos
Solta de mim e aceita o fim.
Já não somos mais risada no quintal, almofada que sustenta o peso da briga.
O choro nem sai mais, a garganta já abriu.
E ainda é raro te ver feliz
Só por estar feliz
Só por ser por mim.